Na tarde de ontem, terça-feira (24), logo após o meio-dia, o CPU da Polícia Militar foi acionado por um coordenador da escola ENA, dando conta de que uma aluna, de 11 anos, havia lhe relatado, ter sido tocada em suas partes íntimas por um funcionário da escola durante o recreio.
Além da polícia, a escola comunicou aos pais sobre o fato.
Segundo relato dessa criança, o tal funcionário havia colocado a mão dentro da sua roupa e que outra criança, sua colega, também havia sido apalpada, durante o recreio.
Diante dos fatos expostos, a guarnição da polícia se deslocou até a residência do acusado, uma vez que ele, já não mais se encontrava no recinto escolar. Na casa, indagado sobre o fato, segundo consta boletim de ocorrência, o homem, acabou por assumir os fatos relatados pela criança.
Em seguida, o autor, foi conduzido à delegacia de polícia para as providencias cabíveis ao caso.
O delegado de polícia, dr. Júlio César Arana, informou, que o autor assumiu o acontecido e se disse arrependido, porém ficou caracterizado ali, o crime de estupro de vulnerável, tipificado no código penal e que prevê uma pena de 6 a 12 anos de reclusão. O crime também é inafiançável.
As vítimas, foram ouvidas pela autoridade policial e, reafirmaram a narrativa do que aconteceu. O autor foi preso, autuado em flagrante e recolhido ao presídio local, onde encontra-se à disposição do poder judiciário.
A escola onde fato ocorreu, tomadas todas as providências necessárias ao caso, emitiu um comunicado, no qual, reitera, seu compromisso com a comunidade escolar.
Reprodução do comunicado:
C O M U N I C A D O
Mineiros, 25 de maio de 2022
Prezados Pais,
Apresentamos nesta oportunidade alguns esclarecimentos. No final da manhã de ontem, dia 24, tomamos conhecimento de uma situação absolutamente reprovável e ilegal envolvendo um colaborador de nossa escola.
Assim, imediatamente, com a presença dos pais, da coordenação pedagógica, da psicóloga educacional, de nossa assessoria jurídica e da direção do Educandário, todas as ações pertinentes ao caso foram tomadas, com os encaminhamentos a todas as esferas legalmente envolvidas.
Ainda é preciso reconhecermos que, em determinados casos, o sigilo é uma condição legal e protetiva, sempre considerada por nós, em busca do melhor para todos os envolvidos, especialmente nossos alunos e familiares.
Compartilhamos de profunda empatia com as famílias diretamente envolvidas neste episódio. Agradecemos imensamente as atitudes de coragem de nossas alunas e a confiança das famílias em nossa escola.
Estaremos sempre dispostos a acolher os questionamentos e as reflexões de toda nossa comunidade escolar, para construirmos assim, diálogos abertos e proveitosos que promovam a melhoria do nosso ambiente escolar.
Entendemos o profundo desejo de cada pai e mãe com a saúde e bem-estar de seus filhos. Tenham certeza de que nunca deixaremos de aplicar os nossos maiores esforços para que este objetivo vital e comum a todos nós seja alcançado.
Na essência da nossa escola existe um valor profundo e verdadeiro, orientar e proteger nossos alunos. Este valor é inegociável e estejam certos de que sempre trataremos cada situação com os devidos cuidados, mas também com os encaminhamentos jurídico e legais necessários.
Vamos juntos cuidar uns dos outros.
Atenciosamente,
Coordenação e Direção do ENA.
