A jovem que desapareceu há mais de 10 anos em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, saiu de casa para ir a um curso, de acordo com a irmã dela, Karolayne Medeiros. Em 2013, Juliana da Silva Medeiros tinha 18 anos quando foi vista pela última vez pela família, deixando o filho de 1 ano e seis meses com a irmã. Familiares ainda procuram respostas sobre o paradeiro da jovem.
Karolayne conta que a irmã saiu para fazer um curso e deixou o bebê com ela, como sempre fazia. Pouco tempo depois, ela diz que não encontrou a mamadeira do menino e ligou para Juliana para perguntar onde estava, mas ela não atendeu.
"Eu acabei não ligando mais. Quando foi dando a hora de ela chegar, eu fui pra porta de casa com o neném para esperar ela chegar, porém ela não chegou como de costume", disse Karolayne em entrevista ao g1.
A irmã diz que desistiu de esperar e entrou novamente para preparar o jantar, mas ligou para o professor do curso de Juliana para perguntar se ela já estava chegando. Entretanto, ele disse que a jovem não havia ido para o curso naquele dia.
O g1 entrou em contato com a Polícia Civil e com o Grupo de Investigação de Desaparecidos (GID) para saber se houve alguma atualização sobre o caso, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
Mensagem
Mais tarde, Karolayne diz que a mãe chegou do trabalho e também estranhou o fato de Juliana ainda não estar em casa. Segundo ela, uma mensagem de Juliana chegou ao celular dela e da mãe ao mesmo tempo, dizendo que ela estava indo embora.
"A mensagem dizia que ela estava indo embora e que dava vontade de voltar, porém não dava mais para voltar, que era pra gente cuidar do filho dela, que amava muito a gente e que a chave estava dentro do tanquinho de roupas", contou a irmã.
Karolayne conta que ela e a mãe começaram a ligar "desesperadas", mas que ninguém atendeu. Segundo ela, a irmã saiu de casa com o companheiro da época, que estava trabalhando quando ela desapareceu.
Ela conta ainda que elas continuaram ligando para o número que enviou o SMS, mas que nunca mais chamou e que, depois de um tempo, ele foi transferido para outras pessoas. Karolayne diz que não acredita que a irmã tenha ido embora, porque ela se despediu como sempre fazia.
"A última vez que eu a vi foi me dando tchau e sorrindo, do jeitinho que ela fazia sempre. E acho que se ela quisesse ir embora, ela daria um abraço no neném ou em mim, mas não... Foi igual a todas as vezes", lembra.
