O pedreiro Valter Ferreira da Silva, de 50 anos, foi preso por duas vezes em Goiás. O motivo? Ter nome idêntico ao de um condenado por roubo no Maranhão. A última prisão foi em junho na cidade de Jaupaci, no Centro goiano, onde mora. A Justiça reconheceu o erro e determinou revogação da prisão.
A prisão mostra uma falha no sistema de informação usado para a checagem e captura de foragidos da Justiça. Mas a coincidência entre Valter e o procurado é enorme: ambos têm o mesmo nome; o nome do pai, Valdir Barbosa da Silva, e a data de nascimento também são iguais. Até o nome da mãe é semelhante, mas tem uma letra diferente. A diferença é mesmo a aparência física.
A última prisão errônea se deu no dia 25 de junho. Foi preciso que o advogado do homem encaminhasse foto do procurado na Justiça. A prisão equivocada ainda rendeu uma ação na Justiça. Esta foi a segunda vez que Valter foi detido por engano. Na primeira vez, ainda em 2014, chegou a ficar recluso por quatro dias até a Justiça revogar a prisão.
Valter, o criminoso, foi condenado por um roubo no interior do Maranhão e até hoje não foi encontrado pela Justiça.
Bancon Nacional
A Polícia Civil de Goiás informou, por meio de nota, que os dados de foragidos da Justiça são checados nas delegacias. “Os policiais civis observam os documentos pessoais do suspeito e os dados contidos no Banco Nacional de Mandado de Prisão (BNMP) para verificar a compatibilidade das informações, de modo também a evitar a prisão de pessoas homônimas. Além disso, as prisões são comunicadas ao Poder Judiciário, imediatamente, após o cumprimento dos mandados”, diz.
