A aposentada Luzia Maria da Silva, de 57 anos, conta que a família passa por dificuldade financeira e há meses não pode comprar carnes, frutas e verduras para as refeições. Mesmo aposentada por invalidez, ela cata latinhas por ruas de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, para tentar não passar fome.
“Estou devendo meu aluguel, o mercado e as contas. Ajudo minha filha a comprar o leite para minha neta, que tem dois anos. Vivo da ajuda de vizinhos e de outras pessoas. Sonho e tenho muita vontade de fazer uma compra boa, comprar carne e verduras”, ressaltou.
Maria Luzia mora no Setor Comendador Walmor com a filha, de 26 anos e que está desempregada, e a neta, de 2. Ela recebe um benefício de um salário mínimo pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INSS). A aposentada conta que com o valor do benefício tenta pagar o aluguel, contas de água, energia e comprar os remédios que toma. O que sobra para a alimentação não é suficiente.
Segundo a aposentada, a filha trabalhava como atendente em um restaurante, mas foi demitida em dezembro após o estabelecimento fechar durante a pandemia, desde então, procura por emprego, mas ainda não encontrou.
“Estou nessa situação desde o final do ano passado. Nunca consegui ir ao mercado e encher o carrinho. Depois da pandemia as coisas pioraram mais. Já tive dois infartos e tomo remédio controlado para o coração. Eu trabalhava na roça em Anápolis, mas sofri o infarto jovem e tive que aposentar por invalidez”, conta.