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Butantan teme paralisação da produção de vacinas na próxima semana

O governo de São Paulo e o Instituto Butantan entregaram na manhã desta quinta-feira (6) 1 milhão de doses da CoronaVac para o Ministério da Saúde.

Butantan teme paralisação da produção de vacinas na próxima semana
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O governo de São Paulo e o Instituto Butantan entregaram na manhã desta quinta-feira (6) 1 milhão de doses da CoronaVac para o Ministério da Saúde. Durante a coletiva de imprensa, no entanto, Dimas Covas e João Doria (PSDB) mostraram preocupação com a próxima etapa de produção das vacinas: todo o volume de insumos recebidos da China serão totalmente utilizados até o próximo dia 14, dependendo do envio de novas remessas para a continuidade da fabricação.

Na próxima semana o Butantan encerra a entrega da primeira parte dos imunizantes acordados com o governo federal, totalizando 46 milhões de doses. A outra etapa, de 54 milhões de doses até agosto, depende da chegada de mais IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) da China, que precisa ser enviado pela farmacêutica Sinovac com autorização do governo chinês. Inicialmente, o Butantan previa que o país enviaria 6 000 litros de IFA para o início da nova etapa de fabricação.

A estimativa, no entanto, foi reduzida para 3 000 litros, que ainda não foram liberados pela China: caso exista atraso, a produção da vacina pode ser paralisada.

Desde fevereiro a China aprovou o registro definitivo da CoronaVac, em uma tentativa de aceleração da campanha interna de vacinação, priorizando para uso interno os insumos necessários para a fabricação do imunizante. 

"É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou por algum ser humano que ingeriu um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem que é guerra química, bacteriológica e radiológica [...]. Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês", disse Bolsonaro na quarta (5).

"Nós dependemos da chegada dessa matéria-prima. E todas essas idas e vindas do governo federal, obviamente têm impacto no ritmo da liberação", disse o diretor do Butantan, Dimas Covas. "Quero manifestar meu protesto contra essas sucessivas manifestações agressivas e absolutamente desnecessárias ao governo da China", comentou Doria.

"É uma burocracia que está sendo mais lenta do que o habitual. Após isso [14 de maio] não temos mais matéria-prima", afirmou Covas.

Com a falta de imunizantes, outra preocupação é que as etapas da campanha de vacinação no estado de São Paulo que se iniciam nas próximas semanas, como a de pessoas entre 55 e 59 anos de idade com comorbidades, no dia 12 de maio, atrasem.

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