O sensor que o filho dos cantores Marília Mendonça e Murilo Huff, Leo Dias Mendonça Huff, de 5 anos, usa para o controle da diabetes veio dos Estados Unidos. De acordo com a assessoria do cantor, o aparelho foi trazido pelo pai do menino, que foi diagnosticado com diabetes tipo 1 aos 2 anos de idade, após a morte da mãe. Em Goiânia, Léo mora com a avó Ruth Moreira.
Recentemente, o assunto sobre a diabetes do pequeno Leo virou destaque depois que a babá Luciene Melo apareceu usando um sensor de glicose ao lado dele. De acordo com Ruth, Luciene também tem a doença e faz o monitoramento da glicemia do menino.
Leo foi diagnosticado com diabetes cerca de três meses após a morte da mãe. De acordo com a avó, o emocional foi um gatilho para o desenvolvimento da doença.
“O emocional foi um gatilho para a diabetes se desenvolver. Desde então, é de dia e de noite que a gente monitora a glicemia dele”, conta Ruth.
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Léo e a babá, Luciene Melo, em foto compartilhada nas redes sociais — Foto: Reprodução/Redes sociais de Luciene Melo
Segundo a avó, o aparelho é inserido na pele e funciona como um sensor de monitoramento contínuo, que mede os níveis de glicose no líquido intersticial. De acordo com ela, a escolha do sensor foi uma sugestão do endócrino, mas a medição também continua sendo feita manualmente no dedo com o glicômetro.
“Ele não está se adaptando muito bem porque é uma criança ativa, o sensor sai muito do lugar e acabamos perdendo [o sensor]”, contou Ruth.
Segundo a avó, o monitoramento da glicemia é feito 24h por dia. Ela conta também que Leo já usou uma bomba que fazia aplicações de insulina, como se fosse um “pâncreas” artificial. Entretanto, o equipamento também saía muito do lugar, e o menino tinha muitas hipoglicemias durante o dia, então acabou não funcionando para o caso dele.
Rotina regrada
Segundo a avó, Leo já está acostumado com a rotina de cuidados necessária para o tratamento da doença. Em casa, a medição é chamada de 'hora de fazer o dedinho'. Como já convive com a doença há pelo menos três anos, o pequeno entende os procedimentos, na maior parte das vezes.
Mesmo que a rotina já seja quase automática, Ruth conta que a depender do estado emocional do menino ou do tipo de atividade que ele está realizando no momento, os níveis podem oscilar muito, o que é perigoso. "A alta traz consequências graves quando ele estiver mais velho, a baixa pode levar até a morte [...] É uma coisa muito difícil, mas que a gente já se adaptou”.
"Depende muito do estado de humor dele, se ele está bem, o estado emocional. Quando ele está brincando muito, ele fica muito empolgado e a gente tem que ficar de olho que desce de uma vez [a glicemia] e quando pratica esportes, como futebol", relata Ruth.
Ruth fez ainda um alerta sobre o fato de Leo sempre ter tido uma boa alimentação. Segundo ela, ele não tinha costume de comer doce, mas a família não conhecia o diabetes tipo 1, "por isso que precisa ter mais informações a respeito, porque tem muita mãe que não sabe e não vai entender”, ressaltou.
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Leo em sua festa de aniversário de 5 anos e com a avó Ruth Moreira — Foto: Reprodução/Instagram Ruth Moreira
'Diabetes emocional'
Segundo a avó, Leo já apresentava sinais da doença quando morava com Marília. Ruth conta que a médica pediu um exame para diagnóstico depois que o menino teve uma convulsão.
De acordo com a médica endocrinologista Lanna Gomes, não existe uma classificação para 'diabetes emocional' em si, mas que situações de estresse intenso podem sim desencadear em um diagnóstico.
“O que ocorre é que situações de estresse intenso e prolongado — seja emocional ou físico — podem, sim, impactar o metabolismo, elevando os níveis de cortisol e outras substâncias que interferem na ação da insulina, podendo descompensar quadros de diabetes já existentes ou até precipitar um diagnóstico em pessoas predispostas”, ressalta Lanna.
De acordo com Ruth, Léo já lamentou ter que fazer sempre as medições e pergunta se "não vai sarar um dia", mas ela diz que todos os processos já são automáticos. Até mesmo quando o menino quer comer alguma coisa diferente, como em festinhas de aniversário, já sabem que a insulina precisa ser aplicada e o monitoramento segue durante as refeições.
"Quando ele quer comer alguma coisa diferente, que a gente não dá sempre, a gente aplica insulina, quando ele vai em algum aniversário, por exemplo. Em todas as refeições tem que aplicar [insulina], se tiver alta [a glicemia] no meio das refeições tem que corrigir", destaca Ruth.
Marília Mendonça
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Dois anos sem Marília Mendonça: maquiador da cantora relembra os melhores momentos com a ‘rainha da sofrência’ — Foto: Arquivo pessoal
A cantora Marília Mendonça, conhecida como 'Rainha da Sofrência', foi uma das cantoras de maior sucesso no país. Mesmo após sua morte, a cantora tem aproximadamente 11 milhões de ouvintes mensais no Spotify.
Marília morreu em um acidente de avião em 5 de novembro de 2021. Além dela, do piloto e do copiloto, também estavam no avião o tio da cantora, Abicelí Silveira, de 43 anos, e o produtor Henrique Bahia, de 32 anos.
Natural de Cristianópolis (GO), a cantora é autora e intérprete de sucessos como 'Infiel' e 'De quem é a culpa?", sendo um dos grandes nomes da música brasileira e uma importante presença feminina no gênero da música sertaneja.