O empresário de 39 anos que foi preso após atirar para o alto e perseguir um adolescente por não aceitar o namoro do garoto com a filha dele, agiu para defender a honra da filha e acabou “perdendo a cabeça”, segundo a defesa. Um vídeo mostra o momento do crime, em Vianópolis, no centro goiano.
“O pai foi conversar com ele e perdeu a cabeça”, resumiu o advogado Luiz Augusto Cardoso Batista.
“O rapaz havia colocado aplicativo no celular dela para rastrear onde ela ia e estava pressionando ela psicologicamente. Quando pai percebeu, foi na casa do jovem e conversou com pai, dizendo que nao estava de acordo mais com relacionamento devido o psicológico da filha. No dia seguinte, o jovem continuou a procurar e insistir, difamando a imagem dela e dizendo que não tinha medo do pai”, afirmou o advogado.
O g1 não localizou a defesa e nem os pais do adolescente envolvido no caso até a última atualização da reportagem.
O empresário foi preso na última terça-feira (24), mas voltou à liberdade depois de pagar R$ 3 mil de fiança. A audiência de custódia aconteceu nesta quinta-feira (26), realizada pela juíza Vanessa Estrela Gertrudes.
Para conceder a liberdade provisória, a magistrada considerou que o empresário não tem antecedentes criminais. Mas ele vai ter que cumprir algumas medidas, como comparecer todo mês à justiça, não frequentar certos locais, não tentar mais contato e manter distância mínima de 300 metros da vítima.
Relembre o caso
Um vídeo mostra quando o empresário entra na loja onde o adolescente trabalha e o ameaça. O homem empurra um balcão em direção ao menino, que consegue fugir correndo pela rua. Na sequência, o empresário vai atrás do adolescente, saca uma arma e atira para o alto. O adolescente não foi atingido.
A Polícia Militar foi chamada e prendeu o homem na última terça-feira (24). Ele foi abordado enquanto dirigia um Toyota Hilux branca. Segundo os policiais, o empresário chegou a desobedecer a ordem de parada e tentou fugir, mas foi capturado em seguida.
A PM narra que o empresário apresentou uma arma de pressão, mas a equipe identificou que a compra foi feita após o crime, na tentativa de enganar os policiais. Os policiais encontraram a arma verdadeira, um revólver calibre 22, dentro do carro do investigado.