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Fenômeno causou ventos de 107 quilômetros por hora durante fortes chuvas no sudoeste de Goiás; entenda

Chamado de downbusrt, o fenômeno que atingiu Rio Verde pode ocasionar ventos de até 160 km/h. Vídeos mostram os estragos da chuva

Fenômeno causou ventos de 107 quilômetros por hora durante fortes chuvas no sudoeste de Goiás; entenda
Cobertura de posto desaba durante temporal em Rio Verde — Foto: Arquivo pessoal/Tiago Neto
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O temporal que caiu em Rio Verdeno sudoeste do estado, teve ventos de 107 km/h, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A chuva forte, a velocidade do vento e a presença de granizo têm nome incomum: downburst (explosão), e surge por causa do contraste térmico.

 

"O que ocorreu lá foi um fenômeno chamado de downburst, uma explosão atmosférica. Quando ocorre esse fenômeno, os ventos têm rajadas de mais de 100 quilômetros e podem até ultrapassar 160 quilômetros por hora", explica a meteorologista Elizabete Marques, do Inmet.
A chuva que causou estragos em Rio Verde aconteceu nesta segunda-feira (24). Vídeos mostram carros no meio da enxurrada, estruturas sendo levadas pelo vento e casas ficando destelhadas. Moradores relataram também que parte de muros caíram.

Downburst

 

Elizabete explicou ainda que esse fenômeno é ocasionado por causa do contraste térmico e acontece quando a nuvem de chuva é "pressionada" dos dois lados por uma massa de ar seco, fazendo com que toda água derrame de uma vez, levando junto os ventos fortes. O raio de impacto é superior a 4 km de diâmetro, explica Elizabete.

"Uma ideia [do que é] é uma caixa-d'água estourando, como se essa caixa-d'água explodisse. Ela vem e derrama toda aquela água que está nessa nuvem. Vem com muita velocidade e, quando chega na superfície, cria uma explosão, vento para todos os lados, e que foi o que aconteceu", disse.

 

De acordo com a meteorologista, os ventos podem variar de 100 km/h, podendo ultrapassar 160 km/h. Ela explica que aqui em Goiás normalmente acontecem as chamadas microexplosões, que têm raio de alcance de até 4 km de diâmetro. "Quando passa disso, é chamado de macroexplosão ou, simplesmente, downburst, o que significa que é uma área maior, que foi o que aconteceu em Rio Verde", salientou.

Esquema ilustrativo de como funciona do downburst — Foto: Divulgação/Inmet

Esquema ilustrativo de como funciona do downburst — Foto: Divulgação/Inmet

Parece Tornado

 

Segundo a meteorologista, por causa da velocidade do vento, o fenômeno é semelhante a um tornado, com a diferença que, no downburst, o vento não gira, formando o funil comum nos furacões e tornados.

 

"Vem com muita intensidade, pode até ser confundido com o tornado também. A diferença é que, no tornado, ele tem o ar girando, ele forma aquele funil. Já o downburst tem essa condição aí sem o giro, como se estivesse derramando mesmo sobre a superfície", afirmou.

 

 

FONTE/CRÉDITOS: g1 Goiás

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