O júri popular policiais militares Cláudio Henrique da Silva, Paulo Antônio de Souza Júnior e Rogério Rangel Araújo Silva, acusados pela morte do do adolescente Roberto Campos da Silva (Robertinho), de 16 anos, em 2017, na capital, foi adiado pela quinta vez. O julgamento estava previsto para esta quarta-feira (17).
O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) informou que o adiamento ocorreu, pois o advogado dos PMs, Thales José Jayme, não compareceu. Na terça (16), ele apresentou um atestado para solicitar que júri fosse adiado, o que foi negado pelo juiz responsável por presidir a sessão, Lourival Machado.
Na demanda, o advogado disse que caiu no domingo (14) e que não poderia cumprir as funções. Na mesma terça, contudo, o defensor participou de outra sessão. O juiz, então, pediu ao diretor da clínica que emitiu o exame que anexe o laudo para análise no prazo de 24 horas.
“A pessoa junta atestado dizendo que não pode trabalhar, depois participa de uma sessão durante todo o dia?”, questionou retoricamente o magistrado. A nova data para o júri é 26 de junho.
Consta na ata de julgamento: “Injustificado os pedidos de adiamento. Intime se o Diretor da clínica para juntar o prontuário médico do defensor dos acusados no prazo de 24 horas. Fixo aos réus o prazo de 10 dias para constituírem novo defensor, em razão do seu não comparecimento sem justificativa, o que caracteriza abandono processual, haja vista o indeferimento dos pedidos de adiamento, e transcorrido o prazo assinado, sem manifestação dos réus, intime-se a Defensoria Pública para patrocinar a defesa.”
Vale lembrar, o adiamento anterior ocorreu em 17 de abril. À época, a defesa também apresentou atestado médico e, por isso, o júri foi remarcado para esta quarta.