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Homem que recebeu transplante de rim de porco tem alta hospitalar

Richard Slayman, 62, foi primeiro paciente a receber um rim suíno geneticamente modificado

Homem que recebeu transplante de rim de porco tem alta hospitalar
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O primeiro paciente a receber um rim transplantado de um porco geneticamente modificado bem-sucedido teve alta do hospital na quarta-feira (3), apenas duas semanas após a cirurgia inovadora.

O transplante e seu resultado encorajador representam um momento notável na medicina, dizem os cientistas, possivelmente prenunciando uma era de transplantes de órgãos entre espécies.

Dois transplantes de órgãos anteriores de porcos geneticamente modificados falharam. Ambos os pacientes receberam corações e ambos morreram algumas semanas depois. Em um paciente, houve sinais de que o sistema imunológico havia rejeitado o órgão, um risco constante.

Richard Slayman, 62 anos, recebeu o transplante de rim de porco no último dia 21 de março e o rim está produzindo urina, removendo resíduos do sangue, equilibrando os fluidos do corpo e realizando outras funções-chave, de acordo com seus médicos no Hospital Geral de Massachusetts.

“Este momento —sair do hospital com um dos atestados de saúde mais positivos que tive em muito tempo— é algo que eu esperava há muitos anos”, disse ele em um comunicado emitido pelo hospital. “Agora é uma realidade.”

Ele disse ter recebido “cuidados excepcionais” e agradeceu a seus médicos e enfermeiros, bem como aos bem-intencionados que o contataram, incluindo pacientes renais que estavam aguardando um órgão.

“Hoje marca um novo começo não apenas para mim, mas também para eles”, disse Slayman.

O procedimento aproxima significativamente a perspectiva da xenotransplantação, ou transplantes de órgãos de animais para humanos, da realidade, disse David Klassen, diretor médico da United Organ Sharing Network (Rede Unida pelo Compartilhamento de Órgãos, em tradução livre), que gerencia o sistema de transplante de órgãos do país.

“Embora muito trabalho ainda precise ser feito, acredito que o potencial disso para beneficiar um grande número de pacientes será realizado, e isso era uma incógnita pairando sobre o campo”, disse Klassen.

Se o corpo de Slayman eventualmente rejeitará o órgão transplantado ainda é desconhecido, observou Klassen. E existem outros obstáculos: uma operação bem-sucedida teria que ser replicada em vários pacientes e estudada em ensaios clínicos antes que os xenotransplantes se tornem amplamente disponíveis.

Se esses transplantes forem ampliados e integrados ao sistema de saúde, existem desafios logísticos “intimidantes”, disse ele, começando com a garantia de um suprimento adequado de órgãos de animais geneticamente modificados.

O custo, é claro, pode se tornar um obstáculo importante. “Isso é algo que realmente podemos tentar de forma real no sistema de saúde?” disse Klassen. “Precisamos pensar sobre isso.”

FONTE/CRÉDITOS: Mais Goiás

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