Uma técnica de enfermagem da unidade de saúde básica (UBS) do bairro Jardim das Nações, na cidade de Diadema, cometeu um erro grave na última quinta-feira (15) ao vacinar cinco crianças contra a Covid-19 - grupo proibido de receber os imunizantes autorizados para uso no Brasil por não haver testes clínicos que atestem a segurança da vacina em menores de 16 anos. O caso ocorre dois dias após 46 pessoas serem vacinadas incorretamente na cidade de Itirapina, dentre elas estão 28 crianças e uma gestante.
O caso de Itirapina aconteceu na terça-feira (13), após uma técnica de enfermagem ter separado incorretamente as doses da vacina Coronavac para serem levadas à sala em que a equipe da unidade realizava a vacinação contra a gripe, com crianças de 6 meses à 6 anos de idade, gestantes e puérperas, como grupo prioritário.
Além da gestante e das 28 crianças vacinadas erroneamente, outros 18 adultos receberam a vacina contra a Covid-19 em vez do imunizante contra a influenza. Em comunicado emitido pela prefeitura de Itirapina, foi notificado que as pessoas alvo da vacinação incorreta foram informadas sobre o ocorrido, atendidas e são monitoradas por equipes de saúde do município.
De acordo com as autoridades locais, nenhuma anormalidade foi detectada e as medidas cabíveis serão tomadas para apurar o caso. A prefeitura não informou se houve afastamento dos trabalhadores envolvidos na aplicação incorreta.
Assim como em Itirapina, a prefeitura de Diadema abriu um procedimento administrativo para apurar o caso e disse ''condenar veementemente'' o erro. As funcionárias envolvidas no ocorrido foram afastadas imediatamente e seguirão distantes do serviço público até o fim das investigações.
"Esclarecemos que, assim que identificada a ocorrência, os pais das crianças vacinadas foram imediatamente convocados na unidade para os devidos esclarecimentos e orientações", disse em nota a Secretaria Municipal de Saúde. "Informamos ainda que as crianças serão acompanhadas pelos próximos 42 dias e terão todo o apoio necessário".
A prefeitura afirmou que as campanhas de vacinação contra a Covid-19 e a influenza estão sendo realizadas em salas separadas "para que não haja cruzamento de fluxo dos pacientes adultos com crianças". Segundo a administração municipal, o ocorrido foi "um caso isolado e que serviu para ampliarmos ainda mais os nossos cuidados".