O jovem de 18 anos que foi preso na manhã da última quarta-feira (23), por possuir conteúdo pornográfico envolvendo menores de idade e por incitar suas vítimas ao suicídio, revelou em depoimento à polícia, que planejava realizar um massacre no Instituto Federal de Brasília (IFB). Ele cursava “Áudio e vídeo” na unidade de ensino, localizada no Recanto das Emas (Distrito Federal).
A investigação liderada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) revelou que o criminoso virtual mantinha pelo menos 15 “escravas virtuais”. Além disso, ele administrava um canal no YouTube com 4 mil inscritos, onde abordava temas de depressão e autoajuda. Aproveitando-se desse canal, ele recrutava tanto meninas quanto meninos, convencendo-os a enviar fotos e vídeos de natureza pornográfica.
O delegado Tell Marzal afirmou que o jovem escolhia suas vítimas entre aquelas que já estavam emocionalmente fragilizadas devido a problemas psiquiátricos, depressão ou conflitos familiares.
Para a polícia, o criminoso admitiu sentir prazer sexual ao assistir às vítimas se automutilando. Ele também instruía os jovens a usarem navalhas e escreverem seu nome ou a palavra “mestre” em suas próprias peles.
Ataque no IFB
O jovem confessou ter planejado um massacre no IFB de Recanto das Emas entre junho e julho, mas posteriormente desistiu por medo. No entanto, após circularem rumores sobre seu envolvimento com pedofilia, ele teria planejado um novo ataque.
Durante uma busca em sua residência, as autoridades encontraram três armas de fogo, sendo que duas delas estavam no seu quarto e eram legalizadas.
Devido aos crimes de registro não autorizado da intimidade sexual, posse de pornografia infantil, incentivo à automutilação, incitação ao suicídio e estupro, o jovem pode enfrentar uma pena de até 17 anos de prisão. Mesmo assim, ele foi solto após pagar fiança.
O delegado informou que há evidências de que ele estava cometendo esses crimes por pelo menos cinco anos e que existem 15 vítimas conhecidas.