O suspeito de matar um homem durante um roubo em Anápolis, a 55 km de Goiânia, foi preso na Itália após análise de DNA. Durante as investigações, a Polícia Civil descobriu que ele também havia cometido um homicídio na cidade.
"A polícia estava com o DNA identificado e precisava confrontar com o dele. Porém, ele havia fugido para a Itália e a única saída era confrontar com o DNA dos filhos. Assim, conseguimos comprovar que ele realmente é o autor dos crimes”, afirma o delegado Cleiton Lobo.
Sede do GIH, em Anápolis — Foto: Reprodução/Polícia Civil
Por não ter o nome divulgado, a reportagem não conseguiu localizar a defesa do suspeito para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem.
O homem é suspeito de um latrocínio, em 2016, e um homicídio, em 2018. No primeiro crime, conforme o delegado, Ademar Nunes foi morto a tiros enquanto ia para o trabalho.
"Ele tinha um açougue na cidade e quando ia trabalhar pela manhã foi abordado pelo suspeito. Possivelmente a vítima não quis entregar os bens solicitados e o suspeito atirou contra ele. Após o crime, o homem fugiu sem levar nada” explica o delegado.
De acordo com a polícia, ao fugir do local o suspeito deixou o coldre da arma onde havia o material genético, que foi periciado.
"No dia em que ele cometeu o crime, ele disse para irmã que havia feito uma merda muito grande e precisava fugir. Na época nós não tínhamos muita coisa, as provas que a gente tinha eram essa fala dele para irmã, os antecedentes criminais por roubo e o fato de ele estar na região no momento do crime. No entanto, não tínhamos algo contundente. Por isso o DNA foi fundamental para a prisão”, relembra o delegado.
Já no segundo crime, o suspeito matou um rapaz e deixou um boné para trás. No acessório também havia material genético dele e a polícia conseguiu comprovar a autoria dele também no homicídio.
"Descobrimos que além desse latrocínio ele também estava envolvido em outro crime grave no município. O boné dele foi encontrado no local do homicídio e o material genético que ficou no acessório comprovou que ele também era autor desse crime”, afirma o delegado.
O suspeito foi preso com o auxílio da Interpol no dia 25 de outubro em Óstia, na Itália. A polícia chegou até o suspeito após ele registrar um filho na cidade.
"Ele foi para Itália com a esposa grávida e a criança nasceu lá. Ele precisou registrá-la no consulado e, através do endereço que ele forneceu durante o registro, a polícia italiana conseguiu localizar e prender o suspeito”, esclarece o delegado.