Mais um suspeito de ter participado da morte de Ana Clara Magioto e na tentativa de homicídio de sua irmã mais velha, em Catalão, foi preso em São Paulo, nesta terça-feira (23), após ação conjunta da Polícia Militar (PM) dos dois Estados. O crime aconteceu na sexta-feira (19), data em que dois dos envolvidos também foram detidos. Segundo a corporação goiana, as irmãs, de 5 e 15 anos, foram feitas de escudo humano pelo primo, que seria o verdadeiro alvo dos atiradores.
Informações preliminares apontam que o homem detido nesta terça seria um dos atiradores que chegaram até a residência das meninas na companhia de outros três comparsas. Na ocasião, Ana Clara foi atingida na cabeça; e a irmã mais velha, no estômago, enquanto o primo delas fugia pelo telhado da casa das vítimas. O rapaz reconheceu em depoimento que usou as familiares para se proteger.
Presos no mesmo dia
Horas após o crime, os militares prenderam dois dos quatro envolvidos na ação. Imagens de câmeras de segurança de residências e estabelecimentos comerciais do bairro Evelina Nour II, registraram quando os quatro suspeitos passam em duas motociclistas durante a fuga após o crime.
Com eles, a polícia apreendeu uma das motos, as roupas que usavam no dia do ocorrido, três capacetes que aparecem nas imagens, quatro celulares além de drogas e dinheiro. De acordo com a PM, todos tem registro criminal por tráfico de drogas, furto e outros delitos.
Primo era o alvo
Ainda segundo a PM, o alvo dos atiradores era o primo das vítimas, que é membro de uma facção criminosa. Ao perceber que seria atingido pelos tiros, o rapaz usou as duas primas como escudo humano para se proteger dos disparos.
Ana Clara foi socorrida e transferida para um hospital de Goiânia em estado grave, mas não resistiu aos ferimentos. A irmã também foi encaminhada para um hospital da capital, passou por cirurgia e foi levada para um centro médico de Catalão, onde segue em recuperação.
Com a morte da criança, os suspeitos passam a responder por homicídio e tentativa de homicídio. Um dos envolvidos continua foragido.
