Em Iporá houve vazamento de amônia de um laticínio localizado na rua João da Mata, no centro da cidade, segundo o Corpo de Bombeiros. O acidente aconteceu na quinta-feira, 8, e não deixou vítimas. O vazamento ocorreu porque uma válvula de alívio estourou na empresa, informaram.
Ao Jornal Opção, um morador da cidade que preferiu não ser identificado disse que ouviu o barulho do que, provavelmente, foi o estouro da válvula. “A gente escutou um barulho muito alto, parecendo um rádio chiando, como se estivesse sintonizando. Muito alto. A gente saiu na rua e olhou, mas não conseguiu identificar”, disse. Ele estava a cerca de 400 metros do local.
Esse mesmo morador recebeu uma ligação de uma parente, que mora ainda mais perto do laticínio, na rua 15 de novembro sentido Centro. Na ligação, ela pedia ajuda para sair de casa porque estava na área externa da casa quando escutou o barulho, e logo percebeu uma “nuvem branca e espessa, e o cheiro muito forte”.
Como tem dificuldade de locomoção, ligou para os bombeiros que orientaram que permanecesse em casa e ligassem um ventilador para que o ar circulasse, o que foi feito, segundo o morador. Enquanto isso, o Corpo de Bombeiros ia até o local do vazamento e o morador se deslocava para retirá-la da casa.
Esse morador disse que o cheiro “parecia um sal amoníaco no ar”, por isso deduziram que se tratava de amônia. O gás tóxico foi confirmado pelo próprio laticínio aos bombeiros. Quando eles chegaram ao local, não havia mais vazamento e o conserto da válvula já estava sendo realizado, informaram.
A amônia (NH3) é uma substância tóxica e causa efeitos contrários a quem tem algum tipo de contato. Em altas concentrações, pode levar a problemas mais graves, como queimaduras, asfixia e até mesmo morte, segundo o perfil toxicológico da amônia na Biblioteca Nacional de Medicina (NLM), parte dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos EUA. Confira os efeitos da toxicidade da amônia:
- Inalação: Irritação do trato respiratório, tosse, chiado no peito, falta de ar, e até asfixia quando em altas concentrações;
- Contato com a pele: Queimaduras e irritação;
- Contato com os olhos: Irritação e danos oculares;
- Ingestão: Pode causar queimaduras no trato gastrointestinal;
- Exposição prolongada: Em concentrações perigosas, pode levar à morte.
O Jornal Opção solicitou nota de posicionamento para a Prefeitura de Iporá, que não respondeu até a última atualização desta matéria.
