As contas de luz vão ficar mais caras a partir de agosto. Isso porque a Aneel acionou a bandeira vermelha, no patamar 2, nesta sexta-feira (25). Com isso, as contas de energia elétrica terão adicional de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Desde o início desse mês de julho, já estava valendo a bandeira vermelha 1, que tem um custo adicional menor. A justificativa da Aneel para o novo aumento está relacionada à quantidade de água nos reservatórios, abaixo da média em todo o país, o que reduziu a geração por meio de hidrelétricas.
Esse quadro, segundo a agência, eleva os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas.
O economista William Bagdassariam explica que, diferente dos alimentos, a energia não é algo que, quando encarece, dá para substituir por outro item.
Por isso, o caminho é obedecer às regras de economizar o máximo que puder, desde apagar a luz ao sair de um cômodo da casa até substituir alguns itens, como poupar o uso da airfryer, que consome mais energia, para usar o micro-ondas, por exemplo.
"No caso da energia elétrica, a gente não tem a opção de buscar alternativas para o consumo. A exceção são aquelas pessoas que têm um pouco mais de poder aquisitivo, que instalam as redes próprias em casa, os painéis solares, obedecendo o que a gente sempre soube, na verdade.
Apagar a luz quando sai de um cômodo, usar o ferro de passar roupa com mais parcimônia. A airfryer gasta mais que outro tipo de forno. Gastar energia de uma forma mais racional. Na hora que você abrir a geladeira, já pega tudo o que você quer."
Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 2, a Aneel reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras, como as termelétricas.
Fonte: CBN